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sábado, 5 de janeiro de 2013

A MULHER DO BARALHO


Narra-se a história de uma senhora, dizem que trambiqueira por necessidade, que vivia de botar baralho para as pessoas da cidade. Vendo felicidade e desgraças, em suas cartas de baralho, nas vidas daquelas pessoas, dependendo de sua necessidade imediata de alimento e sustento.
Quanto maior a necessidade em que se encontrava, maior a desgraça que as cartas viam para aqueles que pagavam para ver o futuro nas figuras de seu baralho.
Cobrava pouco, para não assustar o cliente, porém, sempre nos despachos caía com uma galinha, nem sempre preta, dependia das que ela visse nos quintais a ciscar o lixo. Alguns trocados para velas que ninguém sabia que cor era, pois esta fazia questão de comprar pessoalmente para não haver engano no despacho, e a venda de algum patuá para a proteção das crianças e gestantes.
Gente boa, e que não enganava ninguém, mas todos faziam, ou por caridade, ou por amizade, questão de ajudar crendo em suas palavras por alguns instantes enquanto esta prestava seus serviços místicos.



Autor: Davi Moura Nobre
Professor da Rede Estadual de Ensino do Ceará

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