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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

MARIA FARIAS - A VOZ DA RESISTÊNCIA E RESILIÊNCIA

Dona Maria Farias.


Mulher, Professora, Educadora, Negra.



Símbolo de resistência e luta por direitos e oportunidades iguais para todos. Em uma sociedade preconceituosa que não a permitiu assumir a direção de uma escola de Ensino Fundamental e nem a regência de uma sala de aula do 2º ano do ensino fundamental, por ser negra.
Maria Farias, como era conhecida, e ainda é lembrada, na década de 70/80 e início da década de 90, foi uma das poucas pessoas negras, descendentes de pessoas escravizadas, na região de Quixadá, a ingressar no Ensino Superior, e formar-se em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) – Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC).
Em sua jornada de luta, que se iniciou desde muito cedo, nunca permitiu que a cor de sua pele e a aspereza de seus cabelos impedissem de buscar dias melhores para si, para a família e para todos aqueles que sofriam a discriminação social e racial nas ruas de nossa cidade. Mesmo diante de tantos empecilhos impostos à sua vida e a sua condição financeira. O sonho de ser educadora e fomentar a esperança de dias melhores no meio de jovens e adultos que não possuíam formação básica, fez desta personagem, para quem a conheceu pessoalmente, um ícone de liberdade, educação e resistência, alfabetizando a todos que a procuravam sem distinção de cor, credo, posição social, orientação sexual e limitações físicas e psicológicas.

Davi Moura Nobre
Professor da Rede Pública Estadual do Ceará

Um comentário:

  1. Vale lembrar, que esta heroína começou sua vida como gari. Foi varrendo as ruas de Quixadá que a conheci e passei a admirar um valor tão singular, que a caracterizou e fez desta grande mulher, que certamente nunca terá uma rua com o seu nome, alguém de uma personalidade tão digna. Minhas honras à grande educadora Maria Farias.

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