Quixadá tem passado sim. Querem ver? Você viveu ou conhece alguém que é
do tempo em que...
- A COBAL ficava quase em frente ao Terraço.
- A Lanchonete Quixadá da praça da Catedral onde tem a caixa d'água era ponto de encontro pra juventude da época que comprava fiado pudim de pão e não voltava mais lá por não ter dinheiro para pagar....
- Dos jogos de bola (cemitério, Handebol) no colégio Estadual, depois da aula, que as mães vinham nos apanhar com cinturão...
- Ir pra missa, domingo a noite, com intenção de dar mil voltas na praça da Catedral, depois...
- Participar do Time de Cristo com o atual Pe. Zé Maria;
- Comprar espelhos e quadros na loja A Favorita do Zé dos Santos, inclusive tudo para noivas...
- Consertar joias e relógios no Paulo ourives...
- Fazer o curso de datilografia de Dona Minervina...
- Ir a Rádio Uirapuru, no planalto da Curicaca, (para dar um recado lá, o caboco secava as canelas) depois da polícia rodoviária para participar do programa Wanderley Barbosa, assistir o Programa do Amadeu Filho e ouvir as crônicas na voz do Ribamar Lima.
- Acordar cedo para tirar a reaquisição no SANDU para o outro dia.
- Vendia-se "chegadim" de porta em porta (o "veinho" passava tocando o triângulo)
- O verdureiro ia de porta em porta montado no jumentinho e vendendo verduras frescas.
- Participas das novenas com a Ir. Odília;
- Na véspera do Natal esperar que o Parque Brasil, que ficava num terreno baldio ao lado da rodoviária, começasse a tocar suas músicas para ir rodar no espalha-brasa e esfolar a mão na corda das barcas.
- No carnaval, ficar nas calçadas esperando os blocos passarem em direção ao Balneário somente para ver as fantasias... Amantes da Lua, Os Gatões, Cabeça Feita e por ai vai.
- Era chique mandar recados na radiadora do seu Adolfo
- Ligação telefônica tinha que ir ECETEL, depois virou TELECEARÁ, e a telefonista ouvindo tudo.
- Usar sapato Kixute (ou genérico, pq as coisas não eram fáceis) comprar uma calça faroeste ou US-TOP nas Casas Pernambucanas era luxo!
- Tempo do Pirulito Zorro, Mentex, do Embaré, do picolé de piper, que foi uma febre, dos pirulitos da Maria Angélica e principalmente dos cachimbinhos de açúcar vendidos na Escola da Dona Neemia.
- Comer castanhola apanhada no chão e apanhar da mãe em casa pq não podia, e ela descobrir por causa dos dentes vermelhos...
- Estudar com a Dona Neuzinha e levar palmatoradas na mão, e dar graças a Deus, porque se fosse com a Francisca era reguada na cabeça...
- Ir pra missa do Pe. Zé Bezerra e ficar perguntando o que ele tava dizendo, e esperar a Ir. Rute para dar o catecismo...
- Esperar os bêbados botarem "buneco" para que o camburão viesse buscá-los no maior furdunço que tinha, e ouvir de longe a rádio patrulha, um fusquinha preto gritando de longe.
- Quem nunca levou uma carreira do Bom-legal, ou do Olho de Bila...
- E esperava a Tereza Doida tirar a roupa e correr no meio da rua, Sebastião Doido, o Zé do Saco, o Batoque pedir água gelada para lavar os pés e a roupa e estendê-las nos braços feito um gira-sol para secá-las.
- Tinha o Almedinha que sabia a data de aniversário de todo mundo, e no dele queria o presente...
- E o Pé de Aço que limpava as fossas das casas.
- Os bares de hoje não são mais os mesmos... Tinha o Cova da Onça, onde você tomava uma e cuspia no chão, comprava-se fumo de rolo por pedaço ou peça.
- Cabarés? Tinha demais, na rua do Prado e na rua da Bosta, então... a Zefa Gato, a Dena, a Cobal...
- Tertúlias, vesperais e matinês no Comercial... Tem até um amigo nosso, Roberto Bezerra Costa (Beto), que participou de grandes shows de calouros, e foi para a inauguração da luz negra...
- Estudar no Colégio das Irmãs, Colégio do Padre e no José Jucá...
- Ir assistir aos filmes dos Trapalhões no Cine Iara (Siniara) e no São José...
- Esperar a Banda do Zé Pretinho tocar no coreto da praça...
- Ir a Festa de São Francisco no Alto (era longe para quem morava no centro).
- Ir a Inauguração da FECLESC ver o Governador no pingo do meio dia e ter uma insolação.
- Marchar no 7 de setembro e ficar esperando a rabada (final do desfile) para mangar bem muito.
- Inauguração da Rodoviária, da quadra do Estadual e do Ginásio Coberto...
- Ouvir os carões e sermões do Pe. Vicente (tudo de bom)
- Ir a Missa do galo pela pipoca.
- Comprar os livros na FENAME, no Zé da Páscoa, e seu Osvaldo era só um cubículo...
- Chupar picolés no Seu Nivaldo...
- Pegar o táxi do Zé Pilera.
- Ir ao Cedro de Rural.
- A exposição de gados no Putiú.
- Estudar com Dona Júlia, Dona Valdinha, Ir. Odília, Dona Rosalva...
- Passear na primeira linha de ônibus que fazia Alto, Centro e Gogó só pela putaria (era o Máximo).
- E a Rua da Bosta era uma referência geográfica....
- E hoje, a galera pensa que é feliz...
E dizem que Quixadá não tem memória...
Autor: Davi Moura Nobre
Professor da Rede Estadual de Ensino do Ceará
Olá! Gostei muito dos seus textos sobre a Quixadá antiga. Essas histórias, lendas caíram no esquecimento da população e o resgate das mesmas é importante para a nossa história. Você deveria fazer uma crônica sobre a história do Oi de Bila. Que tal compartilhar essas histórias no facebook. Não copiei e colei porque não é bacana, mas se você permitir farei. Suas histórias são maravilhosas. Parabéns!
ResponderExcluirMuito legal...
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